O índice de crianças que morreram antes de completar cinco anos de idade no mundo atingiu um mínimo histórico, caindo para 4,9 milhões em 2022, de acordo com as últimas estimativas divulgadas pelas Nações Unidas. Os dados apontam que, apesar dos avanços, uma criança morre no mundo a cada seis segundos. No caso do Brasil, a queda é ainda mais acentuada, de 60%. Há 24 anos, o país somava 35 mortes para cada mil crianças. Em 2022, essa taxa caiu para 14 por cada mil. Isso significa que, de 122 mil óbitos em 2000, o número absoluto foi reduzido para 39 mil.
No mundo, a taxa é de 37 mortes para cada mil crianças. Na Europa e EUA, o índice é de apenas 5 para cada mil crianças.
No restante do mundo, vários países de renda baixa e média também viram quedas nas taxas de mortalidade acima de 50%. O mundo está lutando para cumprir a meta da ONU para 2030 de reduzir as mortes infantis evitáveis para 25 por 1.000 nascidos vivos, e os progressos estão mais lentos desde 2015.
O relatório afirma que 59 países necessitam de investimentos imediatos em saúde infantil. Países com alta mortalidade na primeira infância, como Chade, Nigéria e Somália, registram 80 vezes mais mortes do que países com baixas taxas de mortalidade infantil.
O relatório da ONU destaca que a melhoria do acesso à saúde primária e o trabalho dos agentes comunitários de saúde podem melhorar significativamente a situação.